Tudo começou em um Forte militar, fundado para proteger as terras da coroa portuguesa no extremo Norte do país. A fortaleza virou Feliz Luzitânia, em seguida ficou sob o nome e proteção de Santa Maria de Belém do Grão Pará, até virar apenas Belém. A cidade fundada por Francisco Caldeira de Castelo Branco chega as 400 anos, repleta de episódios emblemáticos que marcaram a história da região e do país.
O bairro guarda as primeiras ruas, as construções da fase colonial de Belém entre os séculos XVII e XVIII. Deste período algumas características foram mantidas: sobrados revestidos de azulejos, típicos das construções portuguesas, ruas com alinhamentos irregulares, estreitas e quase sem calçadas… Andar pelo bairro é ter contato com o início da história condita nos livros. Conhecer algumas das obras de Antônio Landi, arquiteto italiano que chegou aqui em 1753 e projetou a Catedral de Belém, a Igreja do Carmo, o Palácio Lauro Sodré que por muitos anos foi a sede do Executivo Estadual.
A cidade velha é um bairro intenso, de dia e de noite. Ainda é madrugada quando começam as chegar os primeiros paneiros na Feira do Açaí. Ao nascer do sol começam a chegar os trabalhadores do comércio, da Assembleia Legislativa, Judiciário… Nos portos, o ir e vir não para. Quando chega a noite é a vez dos carros de lanche, barzinhos e boates conduzirem a agitação. Isso sem contar no carnaval de rua que descobriu por lá um habitat natural.