A ilha cercada por um mar de água doce.
A Metrópole que chegou aos 400 anos ampliou seus limites para além das vastas terras já exploradas pelos colonizadores. Ao explorar as ilhas em torno da cidade eles chegaram a Mosqueiro. Na ilha já estavam os índios Tupinambás que haviam fugido do nordeste após a invasão do litoral brasileiro. Mosqueiro é uma ilha fluvial, na costa oriental do Rio Pará, em frente à baía do Marajó. Fica a 70km de Belém. Tem cerca de 212km quadrados e 22 praias de água doce distribuídas em mais de 30 km de extensão.
No Ciclo da Borracha a ilha foi redescoberta pelos estrangeiros que vieram trabalhar em empresas como a Port of Pará e Amazon River. Eles foram os primeiros a valorizar a Ilha como local de veraneio. Trouxeram para cá um hábito comum na Europa, o da segunda casa destinada ao lazer e maior contato com a natureza. Eles construíram os casarões, chalés e sobrados, com características europeias que ainda hoje podem ser vistos nas orlas das praias do Farol, Chapéu Virado, Porto Arthur e Murubira.
Na década de 1960 foi construída a ponte Sebastião Oliveira que facilitou o acesso a Mosqueiro. Isso fez surgir uma grande movimentação imobiliária que resultou na construção de prédios, mansões e condomínios para o final de semana. A ponte também movimentou a economia com o aparecimento de hotéis, restaurantes e vários tipos de estabelecimentos comerciais. Hoje Mosqueiro vive a expectativa de virar município. A Assembleia legislativa do Pará analisa o pedido de emancipação de 51 distrito no Pará, um dos requisitos é ter mais de 6 mil habitantes (Mosqueiro tem 27 mil) e ter condições de se manter economicamente. Mais um desafio a ser contado nos próximos 400 anos de Belém.