Situado na Região Norte do Brasil, o município de Bragança do estado do Pará, localizado a uma latitude de 01° 03' 13" sul e longitude 46° 45' 56" oeste. Segundo o IBGE, a população estimada em 2021 era de 130.122 habitantes.
Passear pelas ruas do centro histórico de Bragança é encontrar o passado construído em uma forte herança arquitetônica vinda da Europa. Em volta destas influências a cidade cresceu e hoje é uma das mais importantes do Estado. Em um rápido passeio você está diante da Praça Matriz onde foram erguidos dois prédios marcantes: a Catedral de Nossa Senhora do Rosário e o Palácio Episcopal. Ambas erguidas a mando dos padres que vieram trabalhar na região. Assim, a religião sempre esteve presente e teve forte papel no crescimento de Bragança desde a colonização.
Antes dos padres, chegaram aqui os grupos indígenas Caetés, da Nação Tupinambás, vindos da Bahia e Pernambuco para ocupar o litoral do Nordeste do Pará. Por volta de 1613 os franceses, que estavam no Maranhão, passaram pela região liderados por Daniel de La Touche. Após três anos vieram os portugueses que transformaram a área onde fica Bragança em um assentamento de imigrantes açorianos. “Havia uma disputa muito grande pelo território do que era a então Capitania do Caeté e Gurupi. No século XVII os portugueses ganham a primazia de ter fundado a Vila. Entre 1622 e 1634 eles fundam a Vila Souza do Caeté que foi o primeiro lugar de colonização portuguesa no território onde hoje é Bragança”, conta Dário Benedito, professor e historiador. Assim, os portugueses foram se firmando na região. Com a vinda dos padres foi implantada a religião católica muito forte até hoje. Eles também construíram ainda no século XVII a igreja de São Benedito que guarda um belo acervo de peças barrocas. É deste mesmo período o palacete Augusto Corrêa, sede oficial da Prefeitura, localizado na praça Antônio Pereira.
Até hoje o principal nome católico de Bragança é o de Dom Eliseu Maria Coroli, italiano que veio para a Amazônia em 1929. Na Praça das Bandeiras, construiu o Instituto Santa Teresinha, e em 1938, a terceira Escola Normal do Pará em pleno funcionamento ainda hoje. “Oferece uma educação de excelência que aprimora o conhecimento dos habitantes e cria uma mentalidade histórica e cultural”, conta orgulhoso, Gustavo Cunha, aluno do Instituto. Dom Eliseu também construiu o hospital Santo Antônio Maria Zaccaria e a Rádio Educadora, pioneira no Norte do Brasil.