Localizada na Ilha de Marajó, a cidade de Soure é conhecida por suas belezas naturais, rica cultura e tradições únicas. Com uma população de aproximadamente 27 mil habitantes, Soure é o município mais populoso da ilha.
O berço do melhor da música popular paraense tem seu nome originado na língua nheengatu e significa ‘Borboletinha do mar’ ou ‘Borboletinha d’água’, era assim que os índios habitantes da região chamaram um rio onde era possível ver um grande número de borboletas pequenas.
Mas a história oficial da cidade começa a partir do século XVII, época em que os padres jesuítas fundaram a fazenda bom intento a qual foi confiscada na época da lei pombalina e entregue a particulares, voltando para as mãos do padre José Maria do Valle somente anos depois, quando este por sua vez doou parte dessa terra para que fosse criada uma freguesia, onde na época pertencia a Vila de Cintra e hoje é o município de Maracanã.
A autonomia veio apenas em 1874, mas em 1930 a cidade chegou a ser extinta e teve território entregue à cidade de Curuçá, por sorte o fato durou apenas 1 mês.
A economia de Soure gira em torno da pecuária com a criação de búfalos, na extração de carangueijo, do turismo regional e da captura de peixes.
A pesca artesanal assume importante papel sócio econômico na ocupação de mão de obra, geração de renda e oferta de alimentos para a população, especialmente para as pequenas comunidades do meio rural.
O Marajó também possui o maior rebanho Bubalino do país. O rebanho nacional tem 1,32 milhão de cabeças, 37,4% estão no Pará e a maior parte nos municípios de Chaves e Soure no Marajó; são mais de 600 mil cabeças.
Em Soure encontramos a Pajelança Cabocla com elementos da cultura indígena, religiões Afro-Brasileiras com rituais de cura.
E o catolicismo popular, sobre tudo a devoção aos Santos.
A Pajelança é muito bem representada pela nativa Zeneida Lima, que ao longo dos anos se tornou uma verdadeira lenda viva da Amazônia.
Ainda criança foi tida como louca, teve várias doenças misteriosas que a faziam vomitar sangue e tremer de dor; entoava cânticos em língua estranha.
A história da Pajé vem reforçar o misticismo comum na região e deixar um registro para o mundo da grande riqueza do imaginário Amazônico.
O arquipélago do Marajó apresenta diversos atrativos turísticos, como os campos com vegetação nativa, praias paradisíacas, florestas com frutas típicas, grande diversidade de fauna e flora, além de sítios arqueológicos já encontrados, que representam elevada importância histórica, cultural e científica.
Soure possui belas praias onde o visitante pode se deliciar com um banho em águas com a mistura perfeita de rio e oceano.
A praia do pesqueiro é uma das mais visitadas, encontramos faixas de areia que formam pequenas piscinas naturais, a melhor época para o passeio é entre os meses de junho e dezembro, no verão Amazônico.