Com uma série de 24 edições, produzidas em regiões diferentes do Pará e repletos de imagens e depoimentos inéditos, além de ampla pesquisa, este projeto vai ampliar o conhecimento público sobre dois dos povos mais importantes das florestas: os quilombolas e os indígenas.

O Pará é um cenário importante para quem deseja conhecer e compreender um pouco mais da vida na floresta. O 2º maior estado do Brasil, com a economia mais potente da região Norte, é também a mais perfeita tradução da Amazônia: suas grandezas, seus desafios e sua gente.

“Laços da Amazônia”, é uma websérie com 24 episódios, a ser apresentada em TV aberta, TV fechada e em canais de mídia com objetivo de estender essa compreensão para o grande público. Na primeira temporada, o foco é a um verdadeiro raio-X dos povos indígenas e das comunidades quilombolas existentes em território paraense.

O Pará é um dos poucos estados no Brasil que têm indígenas em todos os 144 municípios. De acordo com o Censo 2022 do IBGE, são 80,9 mil indígenas autodeclarados, mais da metade deles vivendo em terras indígenas demarcadas. É o sexto estado do Brasil em número de indivíduos pertencentes a esses povos originários – aqueles que já habitavam o País antes da chegada dos europeus.

A presença dos quilombolas também se destaca. O Pará é o estado com o maior número de terras quilombolas reconhecidas e tituladas. Incluindo a maior área titulada do Brasil. Um terço da população de quilombolas no Pará vive em territórios reconhecidos como quilombos, segundo o Censo de 2022. Ao todo, são 135.033 pessoas autodenominadas remanescentes de quilombolas e mais de 90 mil vivendo fora de territórios reconhecidos.

O levantamento inédito do IBGE é fundamental para aprofundar os estudos sobre esses povos. Mas a vida nos quilombos e nas terras indígenas vai muito além das estatísticas. “Laços da Amazônia” propõe uma verdadeira imersão na vida dessas comunidades. Com imagens inéditas e depoimentos contundentes, vamos fazer um registro histórico dos meios de produção, dos hábitos, da cultura, das relações familiares, do cotidiano e da história de 12 comunidades quilombolas e 12 terras indígenas localizadas no estado do Pará.

O resultado desse mergulho será surpreendente e de muito valor histórico. Nas terras indígenas, vamos documentar e apresentar, por exemplo, as técnicas de cultivo ancestrais em áreas produtivas, onde já se desenvolvem sistemas agroflorestais. A tradição oral dos povos indígenas, que ainda passam informações de geração em geração. A organização social dessas comunidades, com valores e hierarquia próprios. As questões delicadas da saúde e da educação das crianças e mulheres indígenas. O conhecimento ancestral, que vem sendo redescoberto com o recente interesse na preservação ambiental.

Nas áreas quilombolas, vamos apresentar a história de resistência e luta pelo reconhecimento territorial. O modo de vida simples é baseado na produção autossustentável das comunidades. A origem dos territórios reconhecidos e sua conexão histórica com o período de escravização. Os costumes passados de pai para filho. A produção cultural dos quilombolas, que preservam suas origens através da música e da dança. As dificuldades na conquista de políticas públicas em benefício das comunidades mais isoladas e a força da organização coletiva para conquistá-las.

A série Laços da Amazônia vai aproximar o Brasil das suas origens mais profundas, contribuindo para que todos nós possamos compreender e respeitar, cada vez mais, os povos tradicionais e originários que fazem parte da nossa história e das nossas vidas.

QUILOMBOLAS NO PARÁ:

135.033 quilombolas

É a 4ª maior população quilombola do Brasil
Um terço dela mora em quilombos
O Pará tem a maior área titulada de quilombolas

INDÍGENAS NO PARÁ:

80.974 indígenas

É a 6ª maior população indígena do Brasil
51,64% vivem em terras indígenas
Há indígenas em todos os 144 municípios

OBJETIVOS DO PROJETO

Documentar, através da série Laços da Amazônia, a cultura, a economia, as relações sociais, o modo de vida, as origens e os desafios das populações que vivem em terras indígenas e em territórios quilombolas no estado do Pará.

Aproximar o Brasil de suas origens através de uma imersão nas áreas em que vivem populações originárias e povos tradicionais da Amazônia.

Contribuir para a compreensão sobre o modo de vida e peculiaridades dessas populações, ampliando o conhecimento e o respeito com indígenas, quilombolas e descendentes.
Divulgar os valores e produtos de origem quilombola e indígena.