Dois brasileiros que deram asas ao homem

 Dois brasileiros que deram asas ao homem

Por PEDRO MEDINA

R3 Comunicação

Alberto Santos Dumont, mineiro de nascimento, homem do mundo em sua geração, nasceu em 20 de julho de 1873 na fazenda Cabangu, de família abastada. Foi morar em Paris ainda jovem com um sonho na cabeça: desenvolver um dirigível e voar nesse aparelho mais pesado que ar com propulsão própria.

Patrono da Aeronáutica, Dumont recebe comemoração todo ano por seu brilhantismo como inventor que soma desde o chuveiro com água quente, para enfrentar o frio da Europa, onde viveu por décadas, o relógio de pulso, para controlar os segundos em suas investidas aéreas, o conceito de Hangar, para guardar sua aeronave e o desenvolvimento do ultra leve, dentre outros.

Mas a descoberta da dirigibilidade dos balões, desenvolvida pelo paraense Júlio César Ribeiro, foi a cereja do bolo para ambos serem reconhecidos mundialmente.

JÚLIO CÉSAR

Um menino mirrado, nascido no município do Acará em 1843, batizado Júlio César Ribeiro de Souza, que passava seu tempo observando os urubus a voar pelo céu límpido azul de sua cidade refletindo: como o homem poderá voar um dia, aperfeiçoando a técnica das aves.

Filho de lavradores pobres foi crescendo com esse sonho que o influenciou a ser um dos maiores descobridores da história da humanidade ao desenvolver a teoria da dirigibilidade dos balões, que depois seria utilizado por Santos Dumont e outros engenheiros no desenvolvimento do avião e de zeppelins.

Essa incrível trajetória de vida desse homem autodidata, que estudou, pesquisou e construiu seu primeiro grande balão na França, em 1883, marcou o pioneirismo da navegação aérea e foi o precursor do tipo fusiforme assimétrico, patenteado por ele e depois utilizado por diversos engenheiros da aviação.

Em junho de 1884, Júlio César resolve mostrar seus feitos ao povo belenense e reúne a sociedade para uma demonstração de seu dirigível no Largo da Sé, para espanto de todos, pelo tamanho do aparelho que despendia uma grande quantidade de hidrogênio e as técnicas que eram precárias para essa produção.

Para frustração de Júlio César e do público, após idas e vindas, o voo não se concretizou por uma série de falhas, inclusive humanas. Somente anos depois, Belém receberia voos de zeppelin, porém com outros personagens na direção do aparelho.

Fotos: Reprodução

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