Escolas do Marajó terão saneamento e água tratada

Cerca de 400 escolas de 17 municípios majoaras com menos de 50 alunos irão receber saneamento básico com sistemas de água tratada e esgotamento sanitário, projeto este com duração de dois anos, a partir de setembro próximo, quando as obras devem ser iniciadas. O Projeto denominado Saneamento nas Escolas: Piloto – Marajó/PA, será realizado pela Habitat para a Humanidade Brasil, que pretende enfrentar os desafios de saneamento básico nas escolas da Ilha do Marajó. Com o objetivo de promover melhorias nas condições sanitárias, saúde, e ambientes propícios ao aprendizado, o projeto busca fortalecer as comunidades locais e garantir acesso ao saneamento básico.


O arquipélago do Marajó, situada na foz do rio Amazonas, possui uma geografia complexa e uma população majoritariamente rural. A região é conhecida por suas belezas naturais e a riqueza cultural. No entanto, enfrenta desafios significativos em relação ao acesso ao saneamento básico, especialmente nas escolas.


A falta de infraestrutura adequada de abastecimento de água, esgotamento sanitário e tratamento de resíduos sólidos compromete a saúde e a segurança dos estudantes e profissionais, impactando negativamente o processo educativo.


Mais de 90% das escolas não contam com abastecimento de água, recorrendo às águas dos rios, igarapés, ou cacimbas. E 60% não têm sistemas de tramento de esgoto e apenas 37% contam com banheiros.


O Projeto faz parte de uma parceria entre o Instituto Água Saneamento, Federação de Orgãos de Assistencia Social e Educacional, da Caritas Norte, ligada à Igreja Católica e comuniades quilombolas, através do movimento Malungo.
Segundo Sara Pereira, do Habitat Brasil, o projeto deverá contar com o apoio das Prefeituras e das Câmaras Municipais dos municípios envolvidos, e certamente irá influir na qualdade do aprendizado, na saúde dos alunos, redução da evasão escolar e de doenças hídricas, com a diminuição das desiguladdes que fazem do Marajó uma das regiões mais pobres do país com baixos níveis de IDH e IDEB.


O conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios(TCM), César Colares, presente ao encontro, destacou que a entidade tem promovido reuniões e debates com prefeituras e lideranças políticas a fim de investir corretamente os recursos da educação e obter resultados melhores, com busca ativa de alunos que evadem-se da sala de aula e promover melhorias nas escolas.

A representante do BNDES, Maria Parreiras, o banco governamntal que atua como capitalizador de recursos, destaca que o Marajó serve de embrião neste projeto audacioso que demandará vontade política e esforços coletivos, dada as especificidades do arquipélago e seu custo logístico em obras dessa natureza. “Vamos aprender com esse projeto e lança-lo em todo Brasil em áreas de baixo índice de desenvolvimento que carecem de apoio, como no Marajó”, anuncia Parreiras.

Fotos: R3 Comunicação


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