Nem bem o Hangar abriu suas portas oficialmente para o início do Festival Internacional do Chocolate e do Cacau – Chocolat Amazônia e Flor Pará 2024, em Belém, e um número expressivo de visitantes se espalhou pelos corredores do local para apreciar as flores, plantas e os mais variados derivados de cacau e do chocolate expostos e comercializados nos mais de 130 estandes distribuídos pelo salão de eventos do Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. A abertura realizada pela Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) na noite da quinta-feira, 26, ocorreu em meio a presença de gestores de instituições estaduais, convidados e representantes de produtores, além do público, que foi saudado pelo titular da secretaria, Giovanni Queiroz. Também se fizeram presentes o diretor geral da Adepará, Jamir Macido; o Superintendente do MAPA Jesus Sena, o Presidente da EMATER, Joniel de Abreu; o secretário da SEAF, Cássio Pereira; o Chefe geral da Embrapa, Walkymario Lemos, e a Secretária Adjunta da Semas, Lilia Reis.
Um dos que resolveram visitar o evento logo no primeiro dia foi a família Silva. A mãe, Luciane Silva, acompanhada do marido, dos dois filhos e do sobrinho, aprovou o que encontrou no Hangar. Disse que a família optou em ir logo no primeiro dia por achar mais tranquilo, já que nos demais dias a visitação pública tende a se intensificar. “Eu amo flores. Soubemos do evento pelo meu cunhado. Tem muita variedade de flores e chocolate. Está aprovado”, disse Luciane.
Para os produtores, as expectativas para o festival internacional são as melhores e anunciam o que trouxeram ao público. No estande da Bada Chocolate Finos, do município de Santa Bárbara, conforme a empreendedora Fernanda Sahaba, que trabalha no sistema de agricultura familiar, é possível encontrar novidades como o cupulate, que mistura o cupuaçu e o chocolate produzido na Colônia Chicano, barra de chocolate e o nosso chocolate branco com açaí e tapioca, que é nossa grande novidade. Ela resolveu homenagear com o seu chocolate as comunidades de Santa Bárbara, seus pontos turísticos e memórias que remetem à infância.
“Nós trouxemos chocolate de, 35, 55, 70 por cento, cada um com um nome das nossas barras. Um exemplo é o Campo do Fernandão, que é o nosso Mangueirão da colônia onde acontece o futebol, da torcida calorosa”, informou.
SOLENIDADE
A solenidade de abertura do Chocolat Amazônia ocorreu no palco instalado no Hangar. O anfitrião do evento, secretário de desenvolvimento agropecuário e da pesca, Giovanni Queiroz, que representou o governador Helder Barbalho, disse que o Pará sentem-se honrado em realizar um festival de tamanha importância que é considerado o maior do segmento na América Latina. Ressaltou a hegemonia do estado paraense no cultivo do cacau de origem que prima pela sustentabilidade e também pela valorização do agricultor. O gestor lembrou que mais de 90% do cacau cultivado na Amazônia é oriundo da agricultura familiar.
“Com essa cultura nós vamos trazer independência da família, dos produtores rurais e números que temos comprado. Estamos a expandir a área plantada, nós estamos a expandir a produtividade da área já plantada. Estamos aí a melhorar a qualidade da amêndoa de ser comercializado e nessa feira haverá palestras para esclarecer todas as dúvidas do produtor, além da presença de representantes de agentes financeiros para orientar sobre crédito rural”, informou.
A solenidade contou também com a presença do secretário de Estado de agricultura familiar, Cassio Pereira, do presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), Jamir Macedo, do superintendente da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Caplac), Raul Guimarães, entre outros.
FLORES
A produção familiar também é o sistema trabalhado por pelo menos 70% dos produtores de flores e plantas do Pará. Conforme os dados da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário (dados sistematizados pelo Núcleo de Planejamento e Estatísticas da instituição) dos mais de 170 estabelecimentos que trabalham com a venda de plantas são de agricultores familiares. Tomando como base os dados do Instituto Brasileiro de Geográfica e Estatísticas, o levantamento mostra que mostram que destes, 45,09% produzem plantas ornamentais em vaso, seguido dos que produzem plantas, flores, folhagens medicinais (39,88%) e mudas de plantas ornamentais (35,26%). O valor de venda desses produtos no estado registra R$ 6,16 milhões, sendo que 53,66% desse valor é procedente com a venda de gramas (3,30 milhões de reais), 17,34% com a venda de mudas de plantas ornamentais. Vale ressaltar que no estado, aproximadamente 70% destes estabelecimentos são de agricultores familiares e movimentam em torno de R$ 1,34 milhões com a venda de produtos da floricultura. Os dados mostram que R$ 342 mil são consequência da venda de plantas ornamentais em vasos.
Até o próximo domingo, o público poderá conferir, ainda, uma ampla variedade da programação que abrange o Cozinha Show que mantém a tradição de ser uma das programações mais procuradas pelo grande público, o Flor Show, com cursos para quem quer aprender a fazer arranjos e receber orientações e cuidados com as plantas, o público também poderá acompanhar o preparo de uma escultura toda feita de chocolate, além de contar com uma praça de alimentação.
Serviço
O Chocolate Festival e Flor Pará 2024 ocorre no Hangar das 14h às 22h com entrada gratuita. A organização do evento, como já se tornou tradição, solicita que os visitantes levem um quilo de alimento não perecível que posteriormente serão distribuídos para entidades filantrópicas.
Fotos: Mateus Costa/Sedap
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