A transformação de materiais orgânicos e naturais como sementes, fibras vegetais, raízes, pedras e frutos secos, de forma ecologicamente responsável em peças únicas, caracteriza a produção de biojoias, cada vez mais impulsionada pelo Governo do Estado, por meio do fortalecimento da bioeconomia. Como estratégia para reforçar esse compromisso com a sustentabilidade e a geração de emprego e renda a partir da produção de biojoias, a Secretaria de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster) oferece qualificações e apoio técnico a artesãos.
“A Seaster tem desenvolvido diversas ações entre cursos, oficinas, palestras e cadastros para incentivar e qualificar empreendedores e artesãos paraenses. O Estado demonstra compromisso em garantir políticas públicas para atender a população, e seguimos preparando grandes ações e projetos para a qualificação e comercialização dos nossos produtos e divulgação da nossa economia criativa, que é produzida em nossa terra, tão rica em cultura e arte”, reforça o titular do órgão, Inocencio Gasparim.
Para garantir a participação em eventos regionais e nacionais e fortalecer a profissionalização a este público, a Secretaria emite a carteira do artesão. No ano passado, 1.070 carteiras foram entregues e 2 mil artesãos foram beneficiados por meio de ações e serviços. As palestras promovidas pela Seaster possuem como principais eixos: noções de precificação, atendimento ao cliente, gestão de negócios e vitrinismo.
A artesã Cida Matos conta que há sete anos, as biojóias são a sua única fonte de renda. Atualmente, ela atende vários clientes lojistas de dentro e de fora do estado. “Desde a infância, amo artesanato. Sou contadora por formação e comecei a buscar outras fontes para complementar a renda. Já trabalhei com camisas customizadas, tiaras e biojoias e com elas me realizei. Aprendi muito com cursos da Seaster e tenho uma excelente produção realizada em um espaço que posso chamar de meu atelier”, celebra.
BIOJOIAS INDÍGENAS
O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) tem atuação estratégica na promoção da produção de biojoias indígenas, especialmente, entre as mulheres do povo Tembé. Feitas a partir de sementes, folhas e penas, os acessórios refletem a biodiversidade da floresta amazônica e a cultura indígena.
Coordenadora do Projeto de Apoio à Gestão da Terra Indígena Alto Rio Guamá, vinculado a Diretoria de Gestão da Biodiversidade do Instituto, Claudia Kahwage explica que são feitos o registro, a identificação e o selo indígena de conhecimento tradicional e modo de fazer as biojóias Tembé. “Assim como viabilizamos também as ações de fortalecimento da Associação de Mulheres para que possam melhor vender suas biojoias. Está planejado, no âmbito do projeto, o desenvolvimento de oficinas para aperfeiçoamento da produção indígena”, afirma.
Imagens: Agência Pará de Notícias
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