Petrobras espera decisão do IBAMA para perfurar poço na costa do Amapá
Por PEDRO MEDINA
A Associação dos Engenheiros da Petrobras (AEPET), divulgou, através das redes sociais, que o Ibama deverá decidir sobre a exploração de petróleo na margem equatorial do Rio Amazonas, no primeiro trimestre deste ano, desde que cumpridas as condicionantes exigidas pelo Instituto. Uma das últimas condições dispõe sobre a criação de dois centros de reabilitação e despetrolização da fauna regional, bases de acolhimento de animais e aves em eventuais casos de acidentes.
Segundo a gerente de meio ambiente e segurança da Petrobras, Daniele Lomba, o poço da costa do Estado do Amapá está há 175 Km da costa e a 2.800 metros de profundidade, com potencial de até 10 bilhões de barris de petróleo, que permitirá à empresa continuar auto suficiente sem depender de compras no exterior.
O primeiro centro de acolhimento já está instalado em Icoaraci há mais de um ano, contando com veterinário, biólogo e tratadores qualificados para procederem a recepção, triagem, estabilização, lavagem e secagem da fauna que eventualmente seja encaminhada para lá, com medicamentos e anestésicos.
Outra base será instalada no Oiapoque, onde a Petrobras tem sua estrutura logística montada para atender a plataforma que irá prospectar o poço.
Ambas poderão atender mamíferos e cetáceos como peixes-boi, baleias e golfinhos, além de aves que venham a sofrer danos resultantes da ação da empresa.
Toda a costa norte do oceano atlântico, do Amapá até o Rio Grande do Norte tem, segundo a Petrobras, potencial de produção de 60 bilhões de barris de petróleo, suficiente para as próximas décadas, quando o país deverá estar produzindo energia limpa geradas através das hidrelétricas, eólicas, solares e biomassas que irão praticamente aposentar o queima de combustíveis fósseis.
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