Em 1897, no governo Antônio Lemos, a Praça Batista Campos, que vem passando por profundas reformas e está prestes a ser reinaugurada, recebeu seu nome definitivo, em homenagem ao ilustre cônego homônimo, herói do conflito da Cabanagem. Inaugurada oficialmente em 1904, já era considerada uma das praças mais belas e frequentadas da capital, copiando as praças europeias no conceito “jardins sem grades”. A Batista Campos foi projetada com 14 acessos, dentro de um quadrilátero dos mais valorizados em Belém.
As entradas estão interligadas aos caminhos de passeio e aos laguinhos que serpenteiam toda a praça com seus milhares de peixes exóticos, além de oito belos e enormes pirarucus, xodó das crianças, e adultos também.
Por todo lado, o espaço é repleto de vegetação amazônica, como as imensas samaumeiras, onde pousam centenas de garças e outras aves de arribação para obterem um alimento farto que nunca se esgota. É o ciclo da vida animal em harmonia com a praça.
A Prefeitura marcou para o dia 12 de junho a reinauguração e as obras, realmente, estão “nos trinques”. A começar pelo paisagismo como os cuidados com as novas mangueiras plantadas, nas placas de gramas espalhadas pelos espaços verdes e as jovens touceiras de açaí em canteiros na calçadas. No interior, bancos e lixeiras recuperadas, coretos e gazebos revitalizados, play ground novo para a criançada, laguinhos e pontes em madeira restaurados e limpos.
A grande surpresa será os dois chafarizes multicores que irão provocar um bailado da águas indescritível para a icônica praça, e que certamente deverá atrair centenas de famílias.
O passeio interno recebeu novo piso em concreto mais liso e apropriado para caminhadas diuturnas.
Já os calçadões do entorno continuam ostentando as pedras portuguesas formando mosaicos marajoaras, visto que a praça é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN e não pode sofrer alterações.
Aos domingos, além dos tradicionais eventos culturais e de saúde, o violonista Jose Luiz Maneschi inunda o espaço com belos e sonoros acordes executando música de primeira qualidade, para deleite de quem caminha, namora, passeia com seus cães ou simplesmente contempla essa dádiva da natureza.
Até mesmo a torre de pedras, onde já viveram princesas, faunos, bruxas e príncipes, dependendo da imaginação dos pais que criavam histórias para os filhos, recebeu ampla reforma e deverá manter vivo os sonhos e aspiraçõs das novas gerações.
Cabe agora, à sociedade, a preservação e o papel de guardiã deste importante patrimônio cultural e histórico do Pará.
Texto: Pedro Medina
Fotos: Divulgação
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