A Agropalma, agora, conta com um nome de peso para a missão de soerguer a gigante da extração de óleo de palma e que tem, no Estado do Pará, um de seus maiores polos produtores com cerca de 40 mil hectares plantados. Trata-se do empresário André Dias, que liderou a intensa estratégia de M&SAs da Nutrien no Brasil enquanto estava à frente da Monsanto, empresa de biotecnologia.
No Pará, a área plantada da Agropalma seria suficiente para despetar o apetite de muitos players. Contudo, o negócio sofre com subinvestimento crônico no palmar e nas extratoras de óleo de palma no município de Tailândia, no sudeste paraense. Essas falhas deixam um enorme passivo de problemas que devem ser sanados com as estratégias de André Dias.
A Agropalma é uma empresa consolidada, integrante da holding do empresário Aloysio Faria. No entanto, ele, com o passar dos anos e a idade, foi deixando que outros cuidassem de seus negócios que acabaram desandando. Por exemplo, no caso da Agropalma, o cultivo do dendê é uma realidade no nordeste paraense, mas o produto tem cerca de 30 anos de ciclo produtivo. Nos primeiros sete anos, a produção de óleo de palma é baixa, no entanto, tende a crescer entre oito e dezoito anos, a partir do que, o vegetal chega na fase do replantio, já que a produção entra em declínio.
Pois bem, quase metade do palmar já está nessa fase, o que precisa ser resgatado e a missão está nas mãos de André Dias, que terá de trabalhar com um investimento estimado em cerca de 340 milhões de reais nos próximos anos para que o negócio continue economicamente viável e isso levando em consideração que os prejuízos já somam R$ 8,7 milhões.
A Agropalma está à venda. A função de André Dias é preparar a empresa para que volte a ser rentável por ocasião do fechamento do negócio, ou então, que siga à frente da missão, para que permaneça produzindo de forma viável e rentável nas mãos da família Faria.
Imagem: Reprodução
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