Falando sério, eu já assisti em Muaná, há cerca de 20 anos, o quadro tenebroso de uma moçoila que acabara de perder completamente o couro cabeludo no eixo de um barco, o terrível escalpelamento, que ocorre, em média, sete casos anuais.
É pouco? Para as vítimas e as famílias, significa uma eternidade.
Ao sistema de saúde, sobra um custo demorado com cirurgias, tempo de internamento, psicólogos na recuperação da auto estima, e até a aprendizagem de confeccionar perucas, porque os cabelos, tão importante para as mulheres, jamais voltarão.
Em alguns anos já foram registrados até 10 casos, porém, a Capitania dos Portos, governantes e sociedade civil conseguiram diminuir esses números. Mas a dor persiste.
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