Museu de Inhotim atrai turistas de todo o mundo

Situado no município de Brumadinho, distante cerca de uma hora de Belo Horizonte, o Instituto Inhotim é considerado o maior museu a céu aberto do Brasil e recebe milhares de turistas, estudantes, pesquisadores e defensores do meio-ambiente.
Aberto de quarta-feira a domingo, das 8h às 16h30, o espaço foi criado pelo empresário Bernardo Paz em 2006, em uma privilegiada área serrana de 800  hectares, onde o museu ocupa 146 reunindo arte contemporânea de todo mundo, em imensas galerias que se espalham pelo parque.


Cercado de 4.600 espécies vegetais, Inhotim reúne o maior número e diversidade de palmeiras, viveiro de orquídeas e plantas ornamentais,  em meio a uma floresta exuberante que lança diferentes fragrâncias pairando no ar enchendo  de prazeres e memórias seus visitantes.
Bernardo Paz, o criador, era amigo de Burle Marx, o grande arquiteto, paisagista e designer, que contribuiu decisivamente para ordenar e valorizar as belezas naturais do Parque.
Veio então a ideia de criar-se ali o Museu a Céu Aberto, com a construção das galerias em diferentes pontos, cada qual com um tema diverso, e algumas com exposições fixas.
Impossível o visitante conhecer todo o acervo em um só dia. As visitas são monitoradas e anda-se muito a pé de uma galeria a outra, embora funcionem os carrinhos de transporte para os visitantes, e as  paradas para lanches, hidratação e almoço.


O parque cobra entrada de 50 reais a inteira e 25 reais a meia, e na quarta-feira o ingresso  é franqueado. O restaurante Tamboril, nome de uma espécie de árvore existente no parque, cobra 130 reais por pessoa e serve uma infinidade de alimentos de alta qualidade além das sobremesas variadas que enchem os olhos, e os estômagos. Bacalhau, camarão, cordeiro, saladas, frutas, carnes, massas, fazem o passeio tornar-se ainda melhor.
Muitas escolas de Brumadinho e região promovem visitações com seus alunos que aprendem e interagem com uma natureza de encher os olhos e os corações, além de vivenciarem o melhor da arte contemporânea.

As galerias da fotógrafa Cláudia Andujar, nascida na Suíça e naturalizada brasileira, e de Abdias Nascimento, ator, poeta, artista plástico e ativista dos direitos das populações negras, sem desmerecer as demais as exposições, são as que mais atraem os visitantes.


Cláudia ganhou uma imponente galeria para expor centenas de fotos dos Yanomami, povo com quem conviveu por muitas décadas, assim como Abdias que reúne suas obras e de outros autores ressaltando o movimento do povo negro contra o racismo latente e patente que existe ainda hoje em nosso país. Imperdíveis.
Mas as belezas e diversidades das artes e dos  espaços verdes em suas cores, odores, matérias, formas e o sentido sensorial, estão em todos os lugares do museu,  conforme o gosto,  o olhar e a sensibilidade de quem vê.

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *