Maior produtor de cacau do Brasil, o Pará é responsável por 51,80% da produção nacional. Para 2024, a estimativa é colocar no mercado mais de 152 mil toneladas. É com esta expectativa que foi realizada, em Altamira, no sudoeste do Pará, a 763 quilômetros de Belém, a terceira edição do Festival Internacional do Chocolate e Cacau de Altamira, que apresentou resultados positivos para se consolidar como o mais visitado entre os eventos do segmento no Brasil. O secretário de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca, Giovanni Queiroz, acompanhou toda a programação, desde a abertura até o encerramento, no domingo (16). Ele comenta que os resultados do evento são muito positivos não apenas do ponto de vista da produção, mas, também como incentivo ao turismo de gastronomia da região amazônica.
Na oportunidade, Queiroz visitou o município de Medicilândia, também na Região de Integração Xingu, grande produtora de cacau, acompanhando pelo prefeito Júlio César do Egito e produtores locais. O secretário esteve, ainda, em áreas de cultivo de cacau no município, maior produtor do fruto no Brasil.
Giovanni Queiroz observou que o festival realizado em Altamira reuniu produtores de diferentes regiões do Estado.
“Tem sido um sucesso total. Produtores de várias regiões, de municípios como São Félix do Xingu, Medicilândia, Pacajá, Novo Repartimento, Goianésia do Pará, Marabá e de toda a Transamazônica (BR-230) aqui presentes. É uma forma de nós reverenciarmos quem realmente produz a melhor amêndoa de cacau do mundo”, destacou o gestor.
Adiantou que, no começo de julho, será realizado o Festival do Cacau de Medicilândia. “Nos reunimos com o prefeito para discutir a nossa participação, como ocorre aqui em Altamira. O governador Helder Barbalho nos autorizou, e nós liberamos recursos para que a gente pudesse ter esse evento nesta dimensão, e com essa organização espetacular. Aproveitamos e visitamos lavouras de cacau com alta produtividade”, informou.
CONHECIMENTO
Um dos estandes mais visitados no festival foi o da Federação da Agricultura do Estado do Pará (Faepa), que ofereceu receitas de chocolatiers e produtores formados pela Escola Indústria de Chocolate, do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
A coordenadora de Projetos Especiais da Faepa e presidente da Câmara Setorial do Cacau do Estado do Pará, Maria Gorete Gomes, que coordenou o espaço, lembrou que a Federação é uma das apoiadoras do festival e participou pela terceira vez do evento em Altamira. Este ano, acrescentou, a entidade transformou sua forma de estar presente.
“Nós renovamos porque coordenamos as escolas Indústrias de Chocolate, que foram construídas e adaptadas com o recurso do Funcacau, e parceria da Faepa e do Senar, onde nós já conseguimos formar vários e diversos chocolatiers. Eu acho que, se não fosse a pandemia (de Covid-19), nós teríamos muito mais. Mas nós já temos quase 100 chocolatiers formados nas nossas escolas”, frisou.
Um desses alunos é o premiado produtor e chocolatier Francisco Adailton, de Medicilândia. Para ele, a Escola Indústria representou para uma mudança no rumo profissional. Agora, Francisco aprimora seu conhecimento, e atua como produtor, chocolateiro e instrutor. “Foi uma mudança de ares, posso dizer assim. Sou agricultor e produtor de cacau, e já trabalhei em outras empresas, não como chocolatier, mas como chocolateiro. Hoje, o Senar representa para mim praticamente 50% do meu movimento financeiro, onde sou instrutor há três anos. A Escola Indústria melhorou muito a minha produtividade”, afirmou.
Fotos: Divulgação/Agência Pará de Notícias
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