Por Pedro Medina
Em 1953, quando foi descoberto na Bahia, o presidente Getúlio Vargas cunhou a frase “o petróleo é nosso”, e criou a Petrobrás, em desacordo com alguns setores, que defendiam a privatização da empresa, contra o monopólio estatal.
Somente em 1997, a empresa já solidificada, passou a ser de economia mista, com o Governo Federal mantendo a maioria das ações.
Em 2006 acontece a descoberta do Pré Sal, em mar aberto, abrangendo a costa litorânea dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo e a Petrobrás passa a desenvolver alta tecnologia em poços profundos, tornando-se autossuficiente com a produção de um milhão de barris por dia.
Mas, como tudo que é bom dura pouco, nossos poços começam a secar e a Petrobrás descobriu reservas nas regiões norte/nordeste, avaliadas em mais de 30 bilhões de barris.
Esses poços estão em águas profundas e alguns, há cerca de 160 quilômetros da costa do Amapá, Pará e Maranhão.
Após muitos estudos de viabilidade socioeconômica e ambiental, o Ibama considerou um eminente risco ao meio ambiente a prospecção do “ouro negro” na foz do rio Amazonas, embora os poços estejam em mar aberto, onde a empresa detém tecnologia das mais avançadas em caso de derramamento de petróleo.
Entre idas e vindas, o Governo Federal mostra-se disposto a bancar a operacionalização dos poços, sob pena de dependermos do petróleo externo para mantermos nosso parque industrial, e pior, sendo dependentes das oscilações do mercado internacional.
Em termos de receita, o prefeito de Soure, no Marajó, Guto Gouvêa, destaca que os novos poços devem manter a Petrobrás como uma empresa altamente rentável, que muito contribui com os cofres públicos, e deve distribuir royalties para o Pará e também para o Marajó, capaz de fazer avançar o crescimento da região, diminuindo as desigualdades sociais e contribuindo com a preservação ambiental.
Foto: Divulgação
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