Produtores rurais têm uma nova ferramenta para aumentar a produtividade na lavoura. Já está se tornando comum alugar colmeias de abelhas sem ferrão. A nova ferramenta é para aqueles que pretendem substituir a espécie Apis mellifera: a abelha com ferrão, a qual representa risco para trabalhadores rurais, além de ser menos eficiente em todas as culturas. No Estado do Pará, há vários experimentos com a abelha sem ferrão, especialmente no cultivo do açaí. A Embrapa tem uma série de estudos para alavancar o desenvolvimento da produção agrícola.
Assim, para aumentar a polinização nas lavouras, a Embrapa desenvolveu uma tecnologia para multiplicação de colônias de abelhas sem ferrão. O experimento vai ampliar a produção de rainhas e colmeias para uso da polinização agrícola.
A solução permite produzir – in vitro – cerca de 2 mil rainhas por mês a partir de uma única colônia, além de colmeias em escala comercial para culturas como berinjela, morango e tomate.
A solução é direcionada a meliponicultores, instituições e empresas de planejamento, transferência de tecnologia, extensão e assistência técnica. A tecnologia está disponível para transferência e capacitação, fortalecendo a meliponicultura e qualificando os meliponicultores.
O projeto foi desenvolvido pela Embrapa em parceria com outras instituições, ampliando as possibilidades de uso em polinização agrícola.
ABELHA SEM FERRÃO
No Brasil, existem centenas de espécies de abelhas sem ferrão. Elas são conhecidas como indígenas e são fundamentais para a biodiversidade dos biomas brasileiros. De acordo com os estudos, as abelhas são responsáveis por polinizar cerca de 90% das espécies da Mata Atlântica.
Primeiramente, é preciso saber: essas espécies de abelhas têm ferrão, mas é atrofiado. Portanto, é o que torna essas abelhas incapazes de ferroar. Dessa forma, não há problemas em criadar as abelhas sem ferrão nos quintais das casas, praças e áreas urbanas. Por isso, elas já são tão vistas nas cidades. No ambiente natural, as abelhas se alojam em cavidades de árvores, ninhos abandonados de cupins ou formigas ou em galhos.
ELAS SÃO ORGANIZADAS
A organização social das abelhas sem ferrão é composta por operárias que mantém a colmeia, alguns zangões e uma rainha, responsável pela postura, nascimento de novas abelhas e manutenção da colônia unida. Sendo assim, as colônias vivem em caixas pequenas, disponibilizadas pelo meliponicultor, e ali mantêm o controle da produção e a família fortalecida.
O QUE É MELIPONICULTURA
A meliponicultura é a criação racional de abelhas sem ferrão. Ela é uma alternativa de geração de renda em muitas propriedades. As abelhas sem ferrão são dóceis e de fácil manejo. Isso torna a produção dessas colmeia uma opção atraente para produtores. Além disso, a meliponicultura contribui para a conservação da biodiversidade e a produção de produtos como mel, própolis, geoprópolis, pólen e cera.
Essas abelhas são fundamentais para a reprodução de muitas plantas com flores, promovendo a polinização cruzada e a formação de frutos e sementes. Portanto, sem a colaboração dessas abelhas, a reprodução de muitas plantas com flores têm impacto negativo, ocasionando uma diminuição em suas populações, podendo inclusive chegar à extinção.
Fotos: R3 Comunicação
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