O petróleo é nosso

 O petróleo é nosso

POR PEDRO MEDINA

No começoo dos anos 50 do século passado, com a notícia da descoberta de petróleo na Bahia, o então presidente Getúlio Vargas anunciou ao Brasil que “o petróleo é nosso”, sendo criada a Petrobrás, hoje uma das maiores empresas petroleiras do mundo, com larga “expertise” de extração em águas profundas, como o pré-sal.

Embora o Brasil atualmente seja expoente na produção de energias renováveis com as hidrelétricas, solares, eólicas, biocombustíveis e outras, os poços de petróleo em águas profundas da costa do atlântico norte têm papel fundamental na auto-suficiência do país na produção de combustíveis fósseis.

E a Petrobrás vem, há anos, apresentando ao Ibama todos os EIA/RIMA (Relatório dos Impactos Ambientais/Relatório do Impacto ao Meio Ambiente) necessários para o início das atividades de perfuração e a entidade sempre amplia suas exigências a ponto de determinar veterinários de prontidão para quaisquer interferências na vida marinha da região provocadas pelas sondas.

A verdade é que os poços do pré-sal, na costa sul/sudeste, que tornaram o país suficiente em petróleo, estão escasseando e em alguns anos serão desativados.

Restam, então, os imensos poços de petróleo da costa norte/nordeste, avaliados em bilhões de barris, onde o Brasil irá produzir mais de dois milhões de barris diários, mantendo-se competitivo com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo – OPEP, Venezuela e com nossos países vizinhos como a Guiana Francesa, que furam seus poços sem a mesma tecnologia e a segurança que detém a Petrobrás.

O efeito econômico resultante dos royalties gerados são inimagináveis. Os estados do Pará e Amapá, áreas de influência do projeto, e alguns municípios dos dois estados, justamente as regiões mais pobres do país, irão receber bilhões de reais para investimentos sociais e econômicos, propiciando um salto de desenvolvimento jamais visto para a população amazônica.

A presidente da empresa, Magda Chambriard, considera que tem havido avanços no processo de licenciamento junto ao Ibama para a perfuração do Poço da Margem Equatorial do Amazonas com a entrega do Plano de Proteção à Fauna da região.

“A Petrobrás está otimista e segue trabalhando na execução dessas condicionantes para, enfim, obter a licença e iniciar a perfuração”, declarou a presidente.

Imagem: Reprodução

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